sábado, 10 de março de 2012

Pirulitos se tornam cigarros. Inocentes viram vadias. Dever de casa vai pro lixo. Celulares conectados no twitter durante a aula. Detenção se transforma em suspensão. Refrigerante se torna vodka. Bicicletas viram carros. Beijos viram sexo. Vocês se lembram de quando usar proteção era botar um capacete? De quando a pior coisa que você poderia levar de garotos eram cosquinhas? De quando os ombros dopai eram o lugar mais alto e inatingível e mamãe era nossa heroína? Aliás, lembram-se de quando heroína era o feminino de herói? De quando seu pior inimigo era seu irmão? De quando war era só um jogo de cartas? De quando a única droga que você conhecia era remédio pra tosse? De quando remédio pra tosse era realmente usado pra curar tosse? De quando usar uma saia não te transformava numa vadia? A maior dor que você sentia era quando ralava os joelhos e os “adeus” duravam até só o amanhecer de outro dia. E nós não podiamos esperar por crescer?
 Vem cá, amor. Chega bem pertinho. Me coloca no teu colo e diz que tudo isso vai passar. Abre aquela porta de surpresa e me mostra teu sorriso. Me acalma, amor. Me puxa, me abraça, me aperta. Não sai de perto de mim, não. Vem. Fica. Me faz um cafuné, um carinho. Enquanto isso, vai falando bem baixinho que me ama. Fica comigo, amor. Diminui essa minha saudade. Deixa meu coração respirar o teu cheiro. Um pouquinho só que seja. Mas vem, amor. Vem…
“Se não for hoje, um dia será. Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo.”
 A melhor coisa na vida é encontrar alguém que te ame com seus defeitos, erros e fraquezas, e ainda diz que você é uma pessoa perfeita.